Paixão, verdade, solidão.
A paixão é um alçapão onde já caí
muitas vezes. Mas também é verdade que é quase como uma virgindade; a primeira
paixão tinha a inocência como ingrediente, foi explosiva… depois, a imaginação,
insidiosa, dilatou-se e ocupou o espaço da inocência perdida (é sempre diferente,
mais a paixão nunca mais largará quem um dia abocanhou). A inocência
volatizou-se, mas a nostalgia desse primeiro milagre extinto incendiará sempre
a imaginação sem a qual não há paixão…
A verdade é fugidia como uma
andorinha que volta todos os anos com novas crias desde que saibamos abrigar o ninho
que lhe serve de poiso…
A solidão é uma situação,
permanente; estado, sentimento, são coisas que têm a ver com a consciência da
solidão, não com ela mesmo.
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