quinta-feira, 24 de maio de 2012


Paixão, verdade, solidão.
A paixão é um alçapão onde já caí muitas vezes. Mas também é verdade que é quase como uma virgindade; a primeira paixão tinha a inocência como ingrediente, foi explosiva… depois, a imaginação, insidiosa, dilatou-se e ocupou o espaço da inocência perdida (é sempre diferente, mais a paixão nunca mais largará quem um dia abocanhou). A inocência volatizou-se, mas a nostalgia desse primeiro milagre extinto incendiará sempre a imaginação sem a qual não há paixão…
A verdade é fugidia como uma andorinha que volta todos os anos com novas crias desde que saibamos abrigar o ninho que lhe serve de poiso…
A solidão é uma situação, permanente; estado, sentimento, são coisas que têm a ver com a consciência da solidão, não com ela mesmo.

Sem comentários: