sábado, 22 de janeiro de 2011

Quem teme o fogo queima-se sempre!
A minha vida desenha-se como um filme. Olho para o que acontece no palco e é na plateia que a peça se desenrola...
ou
A vida desenha-se como um filme. Olha-se para o que acontece no palco e é na plateia que a peça se desenrola...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Fomenta o Assombro: Vota no Inesperado!
A liberdade tem outro gosto nos lábios do prisioneiro...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A ilusão é uma questão pessoal.
E deixo-me dominar tão facilmente pelo produto da minha imaginação!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Extremos e limites

O espectáculo do mundo!
Entre duas reverberações da luz, entre os recortes da única nuvem que ocupa todo o céu: o mar está cheio como uma chávena, até aos bordos...
Os clarins ressoam no horizonte.
Parece assistir-se a uma revolta dos actores face aos papéis que lhes foram atribuídos...

Aparentemente, os extremos coincidem com os limites. O que não é verdade, pois, como diz W., quem vê os limites vê para além deles...


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

muito pessoal

A única certeza não é que podemos morrer amanhã, isso é apenas uma forma de afastar a morte para o dia seguinte.
A única certeza é que vamos morrer.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Um dia sob o signo da desilusão.
Como é que uma ferida tão antiga pode ainda latejar?
(Que dia tão bonito...)
A vida tortura-nos com o impossível
Ah! A saudade dos caminhos nunca percorridos...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Quando estamos do nosso lado temos o dobro da força.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Olhos

Estimados olhos meus, vocês não estão nada bem.

Dão-me um desenho pouco nítido,

Com cores desbotadas.

No entanto, vocês eram a matilha de reais cães de caça

Com que outrora eu saía de manhã.

Vorazes olhos meus, vocês viram tantos

Países e cidades, ilhas e oceanos.

Saudavam comigo as sumptuosas alvoradas

Quando a respiração profunda convidava a correr

Pelas veredas onde o orvalho se secava.

Tudo o que viram está agora dentro de mim,

Transformado em memória ou sonhos.

A pouco e pouco vou-me afastando da feira do mundo

E descubro em mim uma certa aversão

À roupa amacacada, à gritaria e ao ressoar dos tambores.

Que alívio. A sós com os meus pensamentos

Acerca da semelhança básica entre os homens

E acerca do pequeno grão de dessemelhança.

Sem olhos, contemplando um ponto luminoso

Que se amplia e me envolve.

Onde quer que esteja

Onde quer que esteja, em qualquer lugar

na Terra, escondo dos outros a certeza de

que n ã o s o u d a q u i.

Como se tivesse sido enviado para absorver

o máximo das cores, sons, cheiros, sabores,

provar de tudo o que é

reservado ao Homem, converter o vivido

num registo mágico e levá-lo para lá, de onde

parti.

Nada duas vezes

Duas vezes nada acontece
nem acontecerá. E assim sendo,
nascemos sem prática
e sem rotina vamos morrendo.

Nesta escola que é o mundo,
mesmo os piores
nunca repetirão
nenhum Inverno, nenhum Verão.

Os dias não podem ser repetidos,
não há duas noites iguais,
não há dois beijos parecidos,
não se troca o mesmo olhar.

Ontem, o teu nome
em voz alta pronunciado
foi como se uma rosa
me tivessem atirado.

Hoje, ao teu lado
voltei a cara para a parede.
Rosa? O que é uma rosa?
Será flor? Talvez rocha?

Porque tu, ó má hora,
me trazes a vã tristeza?
Se és, tens que passar.
Passarás -- daí a tua beleza.

Abraçados, enlevados,
tentaremos vencer a mágoa,
mesmo sendo diferentes
como duas gotas de água.