sexta-feira, 27 de janeiro de 2012


O tempo é a vida.
A beleza das coisas vem do tempo que armazenam.
A eternidade é o reverso do instante.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Vive-se com um ponteiro apontado ao peito.
Quando tudo converge para um ponto este
explode ou implode.
Cada órbita é diferente, é só sua
Como sua é a sua  estrela.
Retens-se o ar nos pulmões
até sermos peixes
que nadam noutro universo.

sábado, 21 de janeiro de 2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A importância que tem sermos nós próprios.

Sermos nós mesmos é sempre importante (isto merece mais atenção), mas sobretudo quando nos afundamos num mar revolto ou num nevoeiro que descaracteriza tudo e todos...
Se me ponho esta questão é porque desde muito cedo me apercebi da tendência de me fundir com tudo à minha volta.
Bem sei das doutrinas que defendem a dissolução do eu como o caminho perfeito. Mas quem defende, defende alguma coisa e defendendo-a contradizem-se.
Mais do que o eu, o que digo, do que falo, é do acordo entre nós, porque somos pelo menos dois em cada momento, e na nossa história muitos mais...

domingo, 15 de janeiro de 2012

As reminiscências acodem-me ao espírito como relâmpagos: é preciso, a cada momento, estar preparado: para partir e para chegar...
O silêncio é uma prancha sobre o abismo.
Quem tem medo do silêncio? Ouve-se tanta coisa! Estamos acompanhados por tantas vozes...
Podermos entrar no nosso mundo, como num quarto escuro, e sermos a nossa própria lanterna...
As horas que aí vivemos, são mais do que elas, são ecos de muitas outras...
Dos momentos altos em que no relógio da vida fomos os nossos próprios ponteiros!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012


Não há nada como morrermos para nos tornarmos santos. e para nos sentirmos vivos, nada como usar as pernas.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012


No teu amor por mim há uma rua que começa
nem árvores nem casas existiam
antes que tu tivesses palavras
e todo eu fosse um coração para elas
Invento-te e o céu azula-se sobre esta
triste condição de ter de receber
dos choupos onde cantam
os impossíveis pássaros
a nova primavera
Tocam sinos e levantam voo
todos os cuidados
Ó meu amor nem minha mãe
tinha assim um regaço
como este dia tem
E eu chego e sento-me ao lado
da primavera

Ruy Belo

sábado, 7 de janeiro de 2012

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012


A tua imaginação é só a tua imaginação: lembra-te disso quando viveres os teus sonhos; é diferente quando vives na realidade, onde ela não tem lugar porque está envolvida no que acontece. Aí, tu és barco e leme, não és só barco e ela só leme!