terça-feira, 22 de maio de 2012

(Cenas de bairro)
Vejo tanta tristeza e desamparo à minha volta... medo, também.... e, como é óbvio, tantos caminhos que foram dar a becos sem saída... mas becos que são só desespero de morrer de sede de amor.
Há um grande abismo entre o cais e a água que o lambe...
E ver aquele que refugiado no seu pedestal não desejaria, se o ousasse, senão outra coisa que lançar-se nos braços incertos de quem cá em baixo já não tem muito curso para sonhos... para a indiferença de quem já perdeu qualquer referência que lhe seja exterior.
O amor é uma bóia que chega a poucos náufragos...
Mas também há quem ande num mar de terra firme.

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