quarta-feira, 24 de junho de 2009

carta


Incendeias-me a imaginação!
É injusto desvelar-me perante ti sem a mínima correspondência da tua parte... No entanto, porque te quero, porque me atrais, tentarei resumir-me:


  • tenho a idade que tenho, o que muito me intriga;

  • vivo numa mansarda com jardim («...é a janela mais alta da Madragoa!...»), com a minha gata;

  • a gata foi uma herança. tenho muitas saudades do meu cão;

  • tenho o diploma de arquitecto e querem que seja um burocrata

  • há nove meses saí do regime de meia-pensão; fiquei farto da burocracia dos sentimentos...

  • depois, a minha vida foi um vendaval: o mundo entrou em crise, pessoas muito próximas adoeceram ou morreram...

  • nunca consegui conhecer ninguém...

  • tenho vários cadernos e vários tipos de cadernos...

  • estou farto da (sobre)vivência, quero a vida verdadeira;

  • acho-a indissociável da criatividade.
Depois disto tudo fico à espera que me fales de ti, e levo-te mesmo a sério! ...Tanto mais que me pões a arder.
Beijos

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