quarta-feira, 29 de abril de 2009

Estou a ler Herzog de Saul Bellow; dele:

(...) tinha preparado o grande momento, ia fazer aquilo que mais gostava, dar o golpe.

(...) Pessoa de tendências irregulares, praticava a arte de  circular ao acaso em torno dos factos para chegar aos dados essenciais.

(...) o facto é que me foi negada a loucura.

(...) à procura da felicidade -- devia estar preparado para maus resultados.

(...) atribui a tua agonia a uma estrela.

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Oh! O mal-estar de ser joguete de um jogo de que não fazemos parte senão nessa condição; há que compreende-lo e sair de cena.

Não posso esquecer o meu norte, a minha estrela...

Quando o horizonte se incendeia e há fogo a bordo, retesamos-nos no convés, gritamos, mandamos mensageiros para a amurada, para a proa, para cima , para baixo, subimos ao mastro mais alto, lutamos e contemos-nos para suster a vaga e afrontar a tempestade... mas quando o raio da lucidez nos electriza, vemos que é tudo tão simples... abrir as válvulas e deixar a água entrar! O incêndio tem que se extinguir. O barco não vai para o fundo do mar. Porque o barco é o mar e o mar é o barco. E nós somos simplesmente naúfragos... e um naúfrago é um banhista sem destino.
Desejo o verão! Desejo o mar!
(e porventura tem que ser assim mesmo, primeiro lutamos sem compreender depois compreendemos sem lutar)

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Um jovem não tem passado, mas pode ter memória.

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