quarta-feira, 22 de abril de 2009

A chama chama-me.
Escrevo e a luz do dia vai apagando a vela acesa.
Escrevo: a tinta são as lágrimas.
Vi me velho antes de crescer, antes dos meus progenitores entrarem no limbo, antes de ser um homem, antes de ser adulto. Os meus olhos são faróis, iluminam o caminho, a noite para a qual irrevogavelmente caminho. Vejo. Não só o passado que revejo, mas também o que há-de vir.
Sempre foi assim.
Uma espécie de pacto entre mim e o feiticeiro, o guerreiro solitário que posso ser, ou a bandeira que freme à menor brisa.

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