No Verão tudo é carregado, as cores e os
odores. A fruta madura anuncia a colheita. Na sombra do apogeu germina já a queda.
Episodicamente, intoxico-me com
os sonhos e deliro. Pela violência e frequência da febre reconheço a gravidade do meu estado.
Mas saber que se sonha é estar já acordado!
Com a incerteza do que virá (com
o terrível no horizonte) é cada vez mais comum o sentimento de viver o presente
sem futuro. Ora do dia-a-dia ao aqui e agora -- o velho abre-te sésamo! –
andamos, com a mais profunda angústia na alma, perigosamente com um pé no
sonhado.
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