quarta-feira, 29 de maio de 2013

Insónia súbita, recorrente



Bem sei das teorias dos livros… Mas não encontrar um livro na biblioteca é como perder um amigo. Ter corrido o risco de passar por ele e não lhe ter reconhecido o rosto. Desta vez, foi Nelly Sachs. Ouço os gritos e nem sei de quem são. A noite é medonha, quer passe, quer não. Convivia tão bem com ela, o que se passou para a perder? E depois de passarem as noites e os dias, o que restará? Restar-me-á passar as noites acordado e os dias a dormir em pé? E entre eles ter, enfim, um pouco de repouso?

No fundo ainda tenho esperança de a encontrar. Mas a dúvida instalou-se. Peço ao sono para me salvar.





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