segunda-feira, 24 de setembro de 2012


(Robert and Shana Parke Harrison)

Somos tão joguetes das circunstâncias que custa perceber, a não ser como acto de revolta, a forma como as ignoramos. Ainda por cima tendo em conta o abismo que existe entre o que pensamos e o que somos.
As circunstâncias são as teias do destino e mais do que alterá-lo, que é a tradicional ideia do herói que fazemos, é importante estar à sua altura, como os gregos diziam. Eles que tão bem pensaram o homem e o herói, aquém e além do semi-deus e do próprio deus.
É por isso que insisto, até me convencer, que aceitar os degraus da escada é a melhor forma de a subir: o destino não deve ser forçado, deve ser vivido.
Conhecer-mo-nos a nós mesmos é como descer a um poço à medida que a escuridão se vai adensando. É nessa floresta que abriremos as clareiras, até chegarmos a céu aberto. Os caminhos não se cruzam só por nossa vontade... o que não quer dizer que hesitemos nas encruzilhadas. O milagre é possível, caso contrário como teríamos coragem para prosseguir? Quantos incêndios não atravessámos sem nos extinguir, correndo de fogueira para fogueira?

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