Ainda que sem máquina fotográfica, não posso deixar de compor, com este quadro, uma foto. Estas palavras serão o acorde que me levará às nuvens de contorno cintilante provocado pelo sol já escondido e ás quais se sobrepõem a rede negra das árvores nuas...

O que imaginamos pode ser muito mais forte do que o que conhecemos.

A parte visível das coisas invisíveis é terrivel.

Vinte anos. Que transporte!
Estávamos ali como uma chama ou uma bandeira...
Ardeu tudo, a bandeira ficou em farrapos?
Não. A viagem continua...

Passaram dois dias, e não passei por aqui... Nada foi dito. Foi feito alguma coisa? Talvez construções na areia...

«Nós somos o que fazemos.
O que não se faz não existe.
Portanto, só existimos nos
dias em que fazemos.»

Padre António Vieira

Ver a vida como um livro cujas páginas se viraram.

O Futuro nunca existiu! É tudo um imenso Presente com memória, sonhos e pesadelos....
(começaram a crescer-me asas...)

A chuva não pára. Temporal.
Há manhãs em que compreendo como o mundo é pesado e em que os pés são de chumbo.
Por fim compreendo o Titã que levava o mundo às costas, e sou tomado pela nostalgia das manhãs límpidas e leves. Onde estão essas horas? Sinto-me prisioneiro das circunstâncias e o meu único alento é saber que, submergido em mim, existe outro eu que anseia pela sua liberdade...
É isso que me faz continuar.
A chuva não pára...

A: Cícero: «Quem tem um jardim e uma biblioteca vive no paraíso»

quinta-feira, 7 de Janeiro de 2010

O que aconteceu, (naquele e noutros dias), para ser uma página em branco?

Se tens que fazer alguma coisa, fá-la imediatamente!

As primeiras, as grandes, as únicas, linhas do ano: o essencial é o dominar as forças..., o seu uso, (com o extâse e o arrepio de quem sabe que a vida pode dar cabo de nós se não a soubermos viver... )

O dia acorda tarde e bem dormido. O resto são sons que realçam o silêncio...
Faço vinte anos, (vinte anos!...) pela terceira vez, quantas mais vezes irá o cântaro à fonte?

(entre parêntesis): conheci Lhasa quando já se despedia...

Também atrasada, esta transposição:

Oh! A tensão que existe entre o ser e o vir a ser.

Último dia do ano!