a) há quem pense que viva mais por andar depressa.

b) quem desiste de viver consegue mesmo.

...Ah! Onde pararão os livros da minha infância!?... as horas, os dias onde o tempo não existia, a atmosfera, a linha do horizonte sempre presente, ...o céu, e o mar por vezes? Ah!... os passaportes para o infinito!...

O monge faz o hábito.

...a decisão está tomada!: deserto!

(...vou ser ser desertor!)

com uma vénia a Boris Vian

o ar que passa

Como conheço a inquietação que precede a metamorfose!...
Como passa o tempo o compasso de espera?
A hora é plena, cheia e traz no seu bojo muitas outras,
até onde alcança a memória...
No ar do tempo sempre me faltará o ar:
Rebelde, como um peixe fora de água...

o verão passado

Quem se entrega verdadeiramente, não pode voltar atrás!
Tem, portanto, que ter a sapiência do rio na escolha do leito...

(Cf. destino, inexorável, artesanato do viver)

comboio para Coimbra

Ao som de Carlos Gardel entrei, numa madrugada luminosa de Outubro, por Santa Apolónia adentro...

Com a música, veio-me à boca e assomou-me aos olhos o travo da nostalgia dos dias passados que tanto tem com este lugar...

Claro, quem ouve Gardel: (...) Ah! Mi Buenos Aires querido!... (...) En caravana los recuerdos passan... (...)Siempre se vuelta al primero amor... (...)vinte años no es nada!... Claro... habilita-se!

E se quando entrares no túnel as palavras perderem o sentido e se desfizerem em música?!

Ficares, enfim... entregue a ti próprio?

É essa a viagem! A verdadeira viagem!