sábado, 4 de julho de 2009


Rejubilei quando vi um avião suspenso do seu risco, lá no alto, muito, muito alto.... e segui-o até mergulhar na curvatura da Terra...
Senti o meu tamanho, um ponto no universo, uma alma com olhos, perscrutando a linha do horizonte que limitava o mar; nos seus extremos,como braços abertos, fauces dum ser mitológico, a terra abraçava o mar com um cabo ao longe e um promontório ao perto...
No céu azul, nuvens brancas como farrapos ou brancos do papel não recobertos pela aguarela....
E no horizonte, intersecção do mar e do céu, minúsculas velas brancas que o picotavam...
Uma onda rebentou contra a fraga e a espuma ficou por momentos suspensa no ar... e eu com ela...
(Ter sonhos... e vive-los!)

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