Aqui já existiram trompas e elefantes.
As trompas extinguiram-se há muito e os elefantes foram-se também....
mas os tambores ressoam ainda e acordam os rios e as florestas.
Lá longe o mar (é tão grande que tem o longe dentro)
Por cima e em cima, o céu
(o relâmpago no ar, que nada pode travar)
Tudo crepita, no incêndio final.
Cai a noite, enquanto a terra aguarda a aurora.
Pode-se ser tudo quando se ouve música no correr da água...
O sangue corre-me, ainda, e a alta velocidade, nas veias...
De vez em quando estala lá em cima uma lágrima, como uma estrela ou um foguete
A sobreposição é também composição,
de resto, a única que resta, até à libertação
Só dentro de nós podemos guardar tudo,
até ao bater das asas pela porta aberta da gaiola
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