quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Estou mesmo na terra de ninguém; as velhas sedentas de amor, já em pânico pela vertigem do fim e que sabem que tudo está destinado à derrocada: depois da devastação do tempo são mais objecto da fraternidade do que do desejo. As jovens, atraentes e desejáveis, mas carregadas de ilusões e entraves, sequiosas de bem-estar, segurança e... futuro. No presente, que é o que interessa, não há ninguém.
Para ter uma vida que mereça ser vivida é preciso ter coragem.
Escrevo para falar com alguém.

(Qui, 21 Out 21)

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