quarta-feira, 23 de setembro de 2009



Amor, hoje teu nome
a meus lábios escapou
como ao pé o último degrau...

Espalhou-se a água da vida
e toda a longa escada
é para recomeçar.

Desbaratei-te, amor, com palavras.

Escuro mel que cheiras
nos diáfanos vasos
sob mil e seiscentos anos de lava --

Hei-de reconhecer-te pelo imortal
silêncio.

Cristina Campo

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